O
que faremos com nossas escolhas? Com nossas vontades e sonhos? Iremos
enterrá-los? Não. Precisamos vivenciá-los! Correr até onde ninguém alcança.
Precisamos de um futuro repleto de desafios para compreender o que é
importante.
Precisamos
aprender que abrir mão é uma consequência de quem sabe o que quer e para onde
vai. É a clareza de quem tem uma estrada toda pronta e floreada para andar. É a
certeza de que essa estrada terá pedras, mas todas têm, entretanto esse alguém
terá mais força do que qualquer pedrada que possa o atingir.
Precisamos
descobrir coisas por nós mesmos, sem usar os outros como escudo. Precisamos
arriscar. Entender que a vida é bem mais que segurança – ela é uma promessa a
ser conquistada. Podendo sim, ser turbulenta, insegura e ameaçadora. Mas acima
de tudo, ela precisa ser inspiradora. Mas como? Talvez quando, em meio as
contradições, você consegue discernir o que sente do que te ilude. Quando em
meio as dúvidas você consegue chegar a conclusão real de que o seu coração bate
mais forte somente por um motivo e a partir de então, isso será a luz que te
faz acordar nas piores manhãs para vencer dias chatos e mórbidos.
E
nem que isso nos custe a vida inteira, nós seremos felizes. Não por possuirmos,
mas por termos consumido nossas forças como o motivo do nosso sorriso. E isso,
meu amigo, é de uma alegria insubstituível. Acho só cabível para essa dimensão
as palavras de Padre Fábio de Melo, quando este fala de como será chegar ao céu
“você chega, vê toda sua vida naquele que te criou e cheio de orgulho, terá a
certeza de ter vivido a vida da maneira certa, podendo até aplaudir a si
próprio - combati o bom combate!” Amar talvez seja isso: Ir além do
superficial, ir além de tudo que se espera. Amor não é só sentimento, é calma,
é paz, é decisão: é certeza.
Cada
coisa tem um tempo sim. Mas as urgências também. E apesar de aprender a esperar,
também precisamos aprender a ter lucidez quando as oportunidades surgirem, para
não nos condenarmos por um passado incerto, onde o medo sempre falou mais alto
e a razão sempre foi mais ouvida.
Acho
que esse mundo precisa de menos autoconhecimento. Menos questionários ou
explicações analíticas. As pessoas se apaixonam por humanidade. Por tudo aquilo
que desperta o melhor que há nelas. Então cabe a nós sermos não os “hércules ou
as mulheres-maravilha”, mas as pessoas que tem humanidade suficiente para
saberem acolher-se e criar um vínculo que nunca poderá ser quebrado: a amizade
consigo mesmo. Ai sim saberemos olhar para a vida sem tantas exigências, mas
como quem sabe, senão o que quer, talvez o que não queira.
-
Jéssica Cassol
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