quinta-feira, 31 de maio de 2012

3º Fé & CaFé - "Cruzadas e Inquisição?Eis a questão!"


No último domingo, cerca de 200 jovens reuniram-se no espaço Mater Dei da Catedral Diocesana para debater sobre as Cruzadas, Inquisição e a posição da Igreja Católica nesses fatos. A 3ª edição do Fé&Café, projeto que busca o diálogo livre entre a juventude e que acontece no último domingo de cada mês, teve a proposta de trazer informações que muitas vezes não são apresentadas em aulas de história.
A discussão iniciou com o vídeo feito pelos jovens do projeto, apresentando a opinião de estudantes e professores de história sobre o assunto. É logo na filmagem que se tem o entendimento sobre a temática: Professor Fábio coloca no vídeo que, no contexto da Idade Média, de acordo com a cultura da época, a Igreja acreditava que estava agindo de forma correta. Ou seja, não se pode interpretar um fato passado, que dominava um tipo de conhecimento, com o conhecimento de hoje, sem aprofundar o porquê da visão antiga.“Não dá para interpretar a Inquisição e as Cruzadas sem considerar o contexto nos quais os fatos ocorreram - a mentalidade e a situação da época - para não correr o risco de um julgamento superficial”, afirma o teólogo Padre Leomar Brustolin, idealizador do projeto e participante da discussão.
Antes de analisar os fatos, Leomar ainda atenta que é necessário ter domínio de algunsconceitos:
Heresia: escolha redutora e parcial da verdade. Meia verdade é mentira. A heresia não nasce de fora, mas de gente de dentro da Igreja.
História: fatos contados por uma posição, uma voz.
Igreja: Corpo de Cristo.
Sobre as Cruzadas: o seminarista do 4º ano de teologia e professor de história, Leonardo Dall Osto apresentou o que foi as Cruzadas para a Igreja: os muçulmanos impedem os cristãos de ter acesso ao Santo Sepulcro. Quando as cruzadas (guerras santas) são pregadas pelo Papa da época, o pontífice difunde como resgate da terra santa e do Santo Sepulcro para as mãos dos cristãos. Também havia influência dos imperadores para conquista política de territórios, que, de acordo com o Padre Leomar, tinham poder de adulterar documentos do Papa. Ele ainda aponta que graças às Cruzadas, a religião muçulmana, que estava em grande expansão, não chegou no ocidente.
“Como para os médicos, tirar um membro do corpo com problemas para não prejudicar o corpo era licito,na época, para os líderes, eles entendiam que era lícito tirar um membro da sociedade que estava com problemas para não afetar o todo. Isso para nós não é aceitável, mas na época era um entendimento”, coloca Leonardo. Brustolin o complementa, afirmando que: “No contexto da época, a guerra tinha uma conotação até sagrada, principalmente para os muçulmanos. Atualmente, nada justifica matar ou torturar alguém, nem mesmo em nome da fé ou da verdade, por isso a Igreja hoje é a maior defensora da vida”.
Sobre a Inquisição: Leomar afirma que não temos como analisar o fato se não entendermos quem eram os Catáros: corrente herégica dentro da Igreja que iniciou no sul da França, que levantavam uma filosofia de dois deuses (um bom e um mal). O bom criou o espírito e o mal a carne, com a mensagem "vocês tem que se livrar da carne". Isso começou a se disseminar na França, Itália e Alemanha, colocando em cheque a Igreja e o Estado e estimulando o suicídio, a morte, o assassinato, pois as pessoas iam se "libertar" do corpo.
Para conter esse movimento, nos primeiros anos a Igreja tentou criar oportunidades para, quem estava pregando essa visão, se arrepender. Mas os catáros continuavam, de modo que a Igreja precisou instituir tribunais para avaliar cada caso. Com o tempo, como dominava na época, o direito romano foi incorporado nos tribunais. Com essa legislação, vinha a tortura para chegar confissão. Para chegar à resposta, a Igreja incorporou isso de maneira mais moderada que o Estado. Usava uma vez, enquanto o Estado usava no mínimo quatro. Na Idade Média, houveram os abusos, de modo que omeçaram a ser cortados pelo Papa e inquisitores são presos.
A Igreja reconhece os erros de seus filhos, de tal forma que João Paulo II pediu perdão no ano de 2000 e proclamou “nunca mais”. "A Igreja é convidada a assumir com maior consciência o peso do pecado dos seus filhos. Ela reconhece sempre como próprios os filhos pecadores e incita-os a purificarem-se pelo arrependimento", afirma João Paulo II.
Pergunta da plateia: por que a Igreja continua sendo alvo de críticas, se ela já reconheceu o erro, ao contrário de outras instituições e nações, que erraram no passado, não assumem e não são criticadas? (O século de sangue foi o XX, com as guerras mundiais, os regimes totalitários, a escravidão, o peso do poder econômico, as armas bélicas, e não a Idade Média).
Padre Leomar responde: “A perseguição com a Igreja não é por causa de religião, de espiritualidade, mas porque a Igreja se posiciona diante de fatos da humanidade, como origem da vida, aborto, família... que muitas vezes esbarram no poder econômico e político. É necessário ver que qualquer generalização ou aplicação da culpa aos católicos de hoje pelos erros do passado é fruto de uma ideologia antieclesial”.
Como católicos, somo convidados a tomar atitudes diante de nossa história:  
*humildade diante do passado;
* Fidelidade à Igreja de Cristo, onde seus filhos erraram e erram. Igreja é o corpo de Cristo, quando os membros erram, todo corpo sofre;
*Consciência de que hoje também há erros que devemos superar, dentro e fora da Igreja;
*Manter a fé, sem aceitar humilhações pelos erros do passado;
*Trabalhar pela tolerância, respeito e o diálogo.

O tema da próxima edição, que será realizada no dia 24/06, está em votação no canto direito do blog até dia 03/06. Vote entre:
*O fim do mundo em 2012
*Aborto e o embrião humano
*Milagres? Existem? O que são?

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Qual a diferença entre banda e ministério?

Para mim, que convivo e tenho contato com muitos músicos que tocaram em bailes, na noite, a diferença [entre o músico católico] é muito clara; não dá para ficar confuso em relação a isso. Um músico da noite, que se empenha a vida inteira, toca porque gosta.

A pessoa que toca a vida inteira, estudou a vida inteira, que tem como projeto de vida a música, ganhar dinheiro, ser famoso, ela vai atrás desse objetivo. Ela toca para seu próprio ego, cumpre seus horários, não importa para quem está tocando, sua intenção é mostrar o talento e a capacidade dela. Uma banda é assim.

Por outro lado, um ministro de música não fala por si. Ele não toca por si. Ele não canta por si mesmo. Ele está em nome do Senhor. Um ministro da Fazenda e um ministro da Saúde representam o país, não estão em nome deles, eles são convocados para representar e defender o país inteiro naquela área, como vemos nos ministérios. 



Já o ministro de música é uma pessoa que está em nome de Alguém. Quem o chamou? Quem o escolheu? O Senhor! Então nós cantamos em nome do Senhor! Nós estamos em nome d'Ele ministrando. Nós estamos em nome d'Ele cantando! Nós estamos em nome d'Ele evangelizando! 

Então já não me pertenço! Esse dom que Deus me deu não é meu, mas tenho de fazer com que ele seja muito bem administrado para tocar os corações. Porque se Deus me chamou, Ele me chamou para algo, para uma finalidade: para evangelizar, levar as pessoas a terem um encontro pessoal com Ele. 

Faça seu discernimento. É muito simples você ver a diferença [entre banda e ministério de música]. Quem é de banda toca para demostrar o seu talento. Quem é ministro de música toca, canta e fala em nome de Deus. E por falar em nome de Deus ele não pode ser "nem de direita nem de esquerda", tem que ser totalmente do Senhor
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fonte: cancaonova.com

quarta-feira, 9 de maio de 2012

3 anos de Sítio Crer Ser!

 É a sede do projeto Crescer, um lugar separado por Deus para a oração, retiros, formação e muita ação também. Um lugar dedicado à vida. 

Como chegamos aqui? 
No começo de maio de 2009 tínhamos marcado encontro Crer Ser para o bairro Borghetto só que a duas semanas do encontro não havia lugar pra realizarmos o retiro, isso era uma constante. Todas às vezes o grupo precisava procurar um sitio para fazer o encontro este era um dos desafios, pela dificuldade de se encontrar um lugar disponível, com uma estrutura de acordo para a realização das atividades.

"Desde pequeno eu sonhava com uma vida em meio à natureza, com um lugar em que as famílias pudessem viver em contato com a Criação, um lugar calmo, com paz e cheio de vida. Um ambiente aonde as pessoas pudessem viver em harmonia, partilhando de suas vidas, colocando seus dons em prática, onde pudessem celebrar a vida, cultivar o sustento e viver de maneira saudável entre irmãos. Nessa inquietude e procurando o tão sonhado lugar, eu já havia ido a um sítio em Carlos Barbosa, mas era longe, ficava inviável, lembro que olhava lugares no Google Earth, mas nada. Graças a Deus, com os negócios indo bem, eu estava guardando algum dinheiro, lembro bem que consagrava esse dinheiro a Deus e que não queria usá-lo pra outras coisas do mundo, queria pro sítio. Numa manhã em oração antes de ir numa imobiliária li um trecho de um diário de um Padre aonde dizia que eu não iria escolher a terra, mas que ela já estava escolhida, que sem saber, num certo momento eu perceberia que estaria nela. Mesmo assim fui até a imobiliária e vi alguns imóveis, mas tudo era muito caro e inviável isso foi lá por novembro de 2008." Damian

Nesta busca por um sítio no dia 09/05/2009 num sábado pela manhã, Lauro, Dami e Altemir foram guiados pelo espírito até esta propriedade, saíram de casa decididos a encontrar um lugar para o encontro que estava para acontecer, foram até o vale dos vinhedos, interior de Bento Gonçalves entraram em algumas propriedades nas margens da estrada que liga Bento a Monte Belo do Sul e encontraram uma que poderia acolher o projeto,o lugar era grande bonito, muito bem cuidado e organizado,falaram com o caseiro que passou o endereço do proprietário, o mesmo tinha uma loja de auto peças em Bento Gonçalves, os três saíram muito contentes por achar que tinham encontrado finalmente um lugar para o encontro.

Chegando à loja do proprietário do sítio, uma surpresa não muito agradável, o homem foi grosseiro e não emprestou o sítio, um belo balde de água fria na alegria dos três, um bom momento para aprender a perdoar e compreender. Voltou-se a estaca zero, sem sítio e sem motivação, então resolveram ir de volta para casa, já eram 11 da manhã, véspera do dia das mães. O espírito fazendo sua parte, que era consolar os corações dos três jovens, traz a memória do Dami um anúncio postado no site do congresso nacional de novas comunidades que oferecia estadia para os participantes do evento que foi realizado em Bento Gonçalves.

O Dami falou dentro do carro sobre o tal sítio, o Lauro disse que já tinha ouvido falar e o Altemir tinha uma vaga idéia de onde poderia ser e tudo pareceu combinado, o espírito caprichou e conduziu os três até o sítio, chegando lá experimentaram um misto de sentimentos. Por um lado viam um total abandono para com o lugar, pensando até em achar alguém enforcado e por outro lado a experiência do coração preenchido confiando na certeza, que mesmo sem encontrar o proprietário, o crescer aconteceria lá e que aquele lugar seria um sítio para a evangelização, e que seria adquirido para o projeto de Deus.

“Quando íamos caminhando pelo sítio íamos louvando a Deus, orando em línguas e reparando a beleza e o capricho escondido em tudo aquilo. Olhamos pela janela do salão, perfeito para os encontros e víamos a imagem de Jesus Misericordioso, aquilo preenchia muito o coração, nos sentíamos muito amados por Deus. Veio à lembrança da passagem do livrinho que dizia que eu não iria escolher a terra, mas que ela já estava escolhida, que sem saber estávamos nela, foi nesse momento, naquele dia tivemos a certeza, de que este é o lugar escolhido por Deus”. Damian

Palavra que Deus deu naquele momento do oração:
“Meus olhos se voltarão para os fiéis da terra, para fazê-los habitar comigo. Será meu servo o homem que segue o caminho reto. O fraudulento não há de morar jamais em minha casa. Não subsistirá o mentiroso ante meus olhos. Todos os dias extirparei da terra os ímpios, banindo da cidade do Senhor os que praticam o mal.” 
Salmo 100, 6-8

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Saco ter que assistir a missa!

Pois é, de acordo, ter que assistir a missa é um porre mesmo!
O lance é que a missa não é pra ser assistida, é pra ser vivida! Ahhhh, dai é uma beleza, fica que nem a vacina da gripe: rápida e indolor.....
Mas pra viver a missa, precisamos saber o que significa cada gesto, cada símbolo, cada canto, cada momento. Na missa tudo tem um significado e se a gente for lá e só seguir o fluxo do povo, mas é óbvio que vai ser porre, como se pode gostar de fazer as coisas sem entender o porque está fazendo?
Quem sabe, se compreendermos bem cada coisinha, ao invés ficarmos lá que nem uns tongão esperando o tempo passar, a gente possa experimentar o misterioso e imenso amor de Deus por cada um de nós.
Como diria São João Maria Vianney: “Se soubéssemos o que é a Santa Missa, morreríamos de amor”

É por tudo isso que estamos divulgando o curso que nossa paróquia estará nos oferecendo (de grátis) esta semana:
Tema: A Missa parte por parte
Quando: quarta, quinta e sexta. (9,10 e 11 de maio)
Horário: 19.30 às 21 hs
Onde: Salão do Sanfra

E ai, vai continuar sapateando pra ir pra missa ou vai se liga no convite?


"Você diz que a Missa é longa, mas eu acrescento: porque seu amor é curto." 
By São Josemaría Escrivá



Zeho Hora - Jovens da Igreja Católica optam pela castidade até o casamento


O que era visto como uma característica de religiões protestantes e evangélicas começa a ser resgatado também na Igreja Católica


Jovens da Igreja Católica optam pela castidade até o casamento Diego Vara/Agencia RBS
Reunidos na Igreja Sagrada Família, jovens confirmaram a tendência de se preservarem sexualmente antes do matrimônioFoto: Diego Vara / Agencia RBS
Se estivesse entre nós, Santa Maria Goretti teria motivos para comemorar. A padroeira da castidade viveria a honra de, em pleno século 21, acompanhar relatos de jovens católicos que abdicaram do sexo. Nada imposto. Só até o casamento.

Os pais dessa linhagem, nascida em grande parte na década de 1980, brigaram pela liberdade sexual e comemoraram a invenção da pílula anticoncepcional. Agora assistem a seus filhos perseguirem condutas antigas, como a castidade.

Não se trata só de virgindade. Os depoimentos pertencem a casais variados: desde o que chegou intato ao altar até o que experimentou o sexo e resolveu interromper em decorrência dos valores cristãos. Eles pertencem a grupos distintos da mesma religião. Em comum, a busca por explicações na fé para manter viva a castidade.

— Há mais abertura para falar no assunto, partindo da própria igreja. Acredito que sejamos os primeiros frutos dessa nova geração — diz o sociólogo Matheus Ayres.

A repaginação parece ter dado certo. Em Porto Alegre, a aproximação do jovem é constatada pelo padre Márcio Augusto Lacoski. Ele conta que 19 movimentos juvenis somando 3,5 mil integrantes foram contabilizados na cidade em 2011. A estimativa do sacerdote é de que tenha mais do que dobrado do ano passado para cá.

— Nem todos se abriram para a castidade, mas ver essa adesão aumentando é uma grata surpresa — destaca o padre.

No Litoral Norte, também há um forte movimento. O padre Gibrail Walendorff, pároco de Xangri-Lá, até se surpreende:

— Dos casamentos que tenho realizado, metade dos noivos se diz casta.

Lidar com o espanto do próximo perante à condição casta é um dom que eles desenvolveram, assim como o autocontrole. Luciane Peres que o diga. Tem 21 anos e frequenta um curso pré-vestibular. Os amigos, no auge da zombaria, já descobriram que a menina é virgem. Fazem piadas sacanas. Ela tira de letra.

Ter um namoro casto não significa deixar de curtir a juventude. Reúnem-se entre amigos, convivem com os familiares. Resolveram apenas aquietar os hormônios e esperar o altar para entregar aquilo que lhes é mais íntimo: o corpo.

— Fui com uma amiga a uma boate, tomamos umas tequilas, ficamos alegres e comecei a dançar até o chão. Ela virou pra mim e disse: “credo, tu, de CLJ, toda puritana, dançando desse jeito” — diverte-se Patrícia de Oliveira, 24 anos, casada há um ano com Pedro Seadi, 28 anos.

Os dois optaram pela abstinência após quatro anos de namoro — metade com experiência sexual.

— Transar é prazeroso. Mas se privar, merece respeito. Até por que sucumbir para satisfazer o desejo pode ser até pior. É comum carregar o trauma de ter violado a regra e vincular o ato à sujeira — explica a ginecologista e sexóloga Jaqueline Brendler, diretora da Associação Mundial de Saúde Sexual.

Há truques para evitar intimidade

Na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o teólogo Jorge Claudio Ribeiro discorda que haja esse interesse todo pela religião. Aplicou questionários em 2,3 mil universitários e descobriu que a religião está em sexto e último lugar na lista de importância na vida deles. Ribeiro acredita que essa convicção é comum entre os que não têm opções de cultura.

O que dizer desse grupo de estudantes, universitários, bacharéis? Clístenes Fernandes descobriu a sua vocação em um intercâmbio na Europa:

— A igreja não proíbe, educa para a sexualidade, com a pessoa que tu escolheu para dividir a tua vida — conta o rapaz, de casamento marcado para setembro com Luise Silva, 24 anos.

Eles têm os seus macetes. Assistir a filmes debaixo do edredom, nem pensar. Dormir de conchinha ou amassos estão fora do script.

— A ocasião faz o ladrão. Não tinha por que ficarmos nos provocando se estávamos certos da nossa escolha — diz Paula Sordi, 23 anos, recém-casada com Jefferson Sordi, 24 anos. 

A concordância é geral: a castidade é uma virtude que só funciona se não for impositiva. E para quem quiser entender os motivos, a não ser que acredite no sobrenatural, na fé, não terá êxito. Eles não fazem isso para serem diferentes ou para virar assunto. Acreditam no amor de Deus, querem vivê-lo plenamente. E ponto.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Castidade no namoro!


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Castidade no namoro

Ajuda a pessoa a controlar seus impulsos interiores
 A castidade tem por fim ajudar a pessoa a controlar seus impulsos interiores. Como em todas as nossas conquistas, o esforço para viver tal virtude no namoro não será menor. Muitas coisas são apresentadas como se esse controle fosse algo pesado ou uma retórica de um moralismo ultrapassado. Dessa forma, convence quase que a maioria a dar asas para seus instintos. Mesmo que a intimidade no namoro seja assumida como uma tendência natural aos olhos das pessoas mais liberais, busquemos entender que a realização e a plenitude de um amor maduro não florescem da explosão dos hormônios.

Nestes últimos tempos, a corrupção dos costumes aumentou e acontece de forma cada vez mais natural uma exaltação dos apelos sexuais. Se uma novela está sem audiência, o autor promove uma cena de nudez ou providencia uma cena tórrida para alcançar seus objetivos. Pelos meios de comunicação a corrupção tem infectado o modo de educar e também a nossa mentalidade. Entretanto, essa virtude [castidade] não diz respeito apenas aos jovens namorados, mas a todos de maneira irrestrita, incluindo também aqueles que já vivem o matrimônio. Equivocadamente, algumas pessoas vinculam a castidade à virgindade, mas vale lembrar que o princípio dessa virtude está em ajudar a todos nós a saber lidar com os momentos de abstinência.
O nosso desejo é uma resposta de vários outros estímulos, contudo, quando esse sentimento não é controlado pode nos escravizar ou imputar um peso como se fosse lei, levando-nos a acreditar que é de direito viver aquilo que nossos hormônios pedem. Todavia, nós não vivemos somente para responder a esses estímulos; precisamos também controlar a maneira como manifestamos nossos sentimentos, pois haverá situações, mesmo dentro da vida conjugal, em que mesmo o casal estando sozinho, por inúmeras razões, tal intimidade não será possível ser vivida.

Se não houver um controle desses impulsos como poderá o homem conviver com tal abstinência quando a mulher estiver vivendo o período menstrual ou, em outros momentos, quando a esposa estiver gestante?
A recíproca também é verdadeira, pois tanto o homem quanto a mulher estão sujeitos a situações de estresse, entre outras, em que mais importante que a libido será a compreensão por meio de outras manifestações de carinho.

Viver os princípios da castidade não significa que eu não possa beijar a namorada ou lhe fazer carinhos, mas precisamos estabelecer limites nas carícias. (cf. As carícias no namoro).
Conhecendo as nossas fraquezas, precisamos ter consciência de que haverá momentos em que não poderemos nos colocar à prova, pois facilmente nos deixaremos levar por aqueles já conhecidos instintos. Entretanto, isso não será impossível de se alcançar, quando os namorados, ao entenderem os objetivos de tal esforço, poderem contar um com a ajuda do outro.

Em contato com alguns rapazes, eles argumentaram que o peso da responsabilidade moral por terem vivido a intimidade com a namorada, mesmo não havendo gravidez, dificulta quando eles decidem romper o relacionamento. Outros dizem que foram para o casamento por se sentirem compromissados com a namorada; e uma grande parcela fez do casamento um “remendo” para aquilo de que pensava ter o controle: a gravidez!

Talvez a justificativa de muitos casais que insistem em viver a intimidade esteja tão somente fundamentada no desejo e na atração física mútua. Mas consideremos a possibilidade de o casal de namorados não vir a se casar… Se num novo relacionamento a moça ou o rapaz não aceitar viver a intimidade, ainda assim eles estariam dispostos a viver o namoro?
O sentimento que atrai tanto o homem como a mulher deve superar qualquer tipo de troca ou compensação dentro do relacionamento.
Fonte: www.cancaonova.com