A motivação visa o bem; a cobrança, o interesse de alguém
O texto para
esta semana gira em torno da palavra “cobrar”; e quando vou ao dicionário para
ver o significado deste verbete, eu me assusto: “Receber ou tentar receber
(dívida ou aquilo a que se tem direito)”. Até aí, beleza, mas, quando continuo
minha caça de significados, encontro este que me deixa pasmo: “Exigir de outrem
(obrigação, cumprimento de palavra etc.)”.
Fico pensando
no quanto de energia gastamos quando “cobramos”. Quando trazemos para nosso
interior esse “cobrar” (receber, exigir, obrigar), temos de trabalhar com um
monte de expectativas que tendem a nos levar a uma multidão de frustrações.
Nessa hora, temos de parar e pensar: o certo seria mesmo “cobrar”?
Acredito que
seria mais interessante “motivar”. Às vezes, a cobrança vem sem motivos, sem
causas justificadas, sem destino certo. Outras vezes, encharcada por uma gama
de sentimentos de inferioridade, insegurança, medo e carência.
Ao passo que,
quando motivo alguém, trabalho com “expectativas”. Nessa hora, parto do motivo,
do real; e isso não agride. A motivação visa o bem; a cobrança, o interesse de
alguém.
Já parou para
pensar o quanto a cobrança nos aprisiona? Tantas pessoas se cobram para ter um
alto rendimento, mas, por se aprisionarem em tal situação, têm o mais baixo
rendimento. Já vi pessoas se cobrarem tanto para tirar um “10” na prova – por
isso, vivem uma angústia ao extremo –, mas acabam tirando uma nota 4, pois
ficam presas à “expectativa de um 10”.
Pior é quando
colocamos essa cobrança no outro. Exigimos, colocamos metas e até obrigamos a
pessoa a corresponder ao nosso “ego”, tornando-o prisioneiro de nossos desejos.
Relacionamentos assim tendem mais à “explosão” que à verdadeira paixão.
A motivação
visa o bem; a cobrança, o interesse de alguém. Incentivar. Entusiasmar. Não é
uma tarefa fácil, mas é possível realizá-la. Todos nós trazemos certa dose de
cobrança em nós. Já nascemos assim. Quando éramos crianças, chorávamos para
“cobrar” o peito da mãe, o colo do pai, o brinquedo do irmão. Temos essa
tendência; ela está em nós.
Quando surgir
o impulso de cobrança, que tal escolher o caminho da motivação, do incentivo e
do entusiasmo? O resultado será mil vezes mais satisfatório e livre. Pense: em
vez de cobrar uma visita do seu namorado nos fins de semana, por que não o
incentivar a estar mais com aqueles que moram com você? Em vez de cobrá-lo para
conversar mais com sua mãe (a sogra!), por que não o motivar a descobrir nela
virtudes até então escondidas?
A maneira com
que levamos a vida pode fazer de nós e dos outros mais leves ou pesados. Fica a
dica!
Em vez de
cobrar, que tal motivar? A maneira como nos colocamos no mundo determina o
lugar que ocupamos no coração de quem amamos!
Tamu junto!
Adriano Gonçalves
(Texto extraído de:http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/a-motivacao-e-melhor-que-a-cobranca/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário