quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

16- O amor é exclusivo, ou podemos nos apaixonar por duas pessoas ao mesmo tempo?


Há paixões que parecem acontecer bruscamente, sem que percebamos. Por isso se fala de amor a primeira vista. 
O Deus pagão Cupido, responsável por estes amores, se representa como um menino com asas, armado com uma flecha que transpassa os corações dos amantes. Se sugere assim a ideia equivocada de que o amor ocorre sem que possamos fazer nada. Felizmente, não é assim: o amor precede de nossa liberdade. Podemos nos sentir bem na presença de outra pessoa e como ela nos trata. Mas isso não é sinal diretamente de amor Verdadeiro. Pois isso você pode sentir com várias pessoas.
As coisas mudam quando nos envolvemos pessoalmente no amor para construir uma intimidade comum com o outro. Aqui é importante compreender que a outra pessoa é única, em seu corpo e espírito. Por isso, se experimenta uma exclusividade progressiva  nesse amor. Já não se pode ter isso com duas ou mais pessoas. Quando acreditamos que estamos apaixonados não podemos nos concentrar só na intensidade de nossos sentimentos. Eles podem mudar com rapidez e inclusive se apagar. 
O que determina um amor verdadeiro não é a força do sentimento, mas a intenção de viver para o outro. Por tanto, amar não é algo que simplesmente me acontece passivamente. É um processo em que a outra pessoa vai se convertendo pouco a pouco em um objetivo da minha vida (e assim, em uma vocação). Não é um mero momento que me fascina, mas um chamado, cuja a resposta requer amadurecimento interior e fidelidade no tempo. O amor não depende de um momento da fascinação, e sim de uma desposta voluntária e livre que damos a um chamado. Ao aprofundar o conhecimento de outra pessoa, se amadurece na relação mútua e é possível construir uma vida comum, conteúdo próprio da promessa matrimonial.

fonte: 30 perguntas e respostas de João Paulo II.

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