sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

17 – Se o sexo é algo bom, porque dentro da Igreja existe pessoas que não se casam e consagram sua virgindade a Deus?

Ao se fazer homem, Cristo inaugurou um novo modo de viver o caminho do amor do Pai, um novo modo de expressar-se com a linguagem do corpo, de viver com plenitude também a sexualidade. Ele fez isso assim porque, para fazer eterno o amor, tinha que transformá-lo, fazê-lo semelhante mesmo a Deus. Com esta nova linguagem, Jesus pode amar os homens totalmente, entregando-se por todos, com uma entrega apaixonada, única. Ele disse: “Toma, esse é o meu corpo” (Mc 14, 22). 

As pessoas que se consagram e vivem virgens na Igreja seguem esse modo de viver de Jesus. Poder viver assim porque participam de Cristo e recebem sua chamada única. Recordam a todos os casais que seu amor vem de Deus e que tem que caminhar sempre rumo a Deus. Nos ensinam a ver a meta do amor, mais além da morte, no abraço do Pai misericordioso.

Viver virginalmente não é uma renúncia do corpo. Ao contrário, esse amor se vive também no corpo, e se vive como homem e mulher. E mais, a pessoa consagrada nos ensina a ver a grande dignidade do corpo: é capaz de entregar-se totalmente a Deus, fazendo isso de forma transparente ao mundo, mantendo vivo o amor divino. Entendemos assim que o amor de Deus não é abstrato, mas sim real e concreto, que toca nosso coração de carne e o preenche, que nos faz capazes de viver totalmente entregados a Ele.


Perguntas e Respostas de João Paulo II

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