terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Acolhamos na fé a decisão do Papa

Logo que ouvimos a notícia da renúncia do Papa, ficamos meio como "baratas tontas": ué, que que deu agora???!!! Mas logo nossos pastores foram acalmando nosso coração. Quem ouviu o Frei Aldo falando na manha de ontem na Rádio Garibaldi, pode admirar mais ainda essa bela atitude do Papa de se reconhecer incapaz para servir a Deus nesta função, pode se encantar com a sabedoria da igreja e desses homens de Deus.
Coloquemos a eleição do próximo sucessor de Pedro como intenção em nossas orações e penitências quaresmais.


Segue matéria extraída do site www.commissao.com.br com as palavras do Bispo:

Com a internet e a difusão da mensagem por diferentes meios, a notícia da renúncia do Papa não demorou a chegar ao mundo inteiro. Ser pego de surpresa é normal diante da raridade de determinados eventos. Importante é pensar com serenidade, especialmente diante de algo que envolve diretamente a Igreja que amamos.

O bispo diocesano Dom Alessandro Ruffinoni falou à ComMissão e deixou uma mensagem sobre a decisão do Papa, bem como esclareceu dúvidas e curiosidades sobre o que se dará na decorrência dos fatos:

“Uma surpresa para todos, mas foi uma decisão sábia, humilde; o Papa demostrou humildade. Ele percebeu que as forças humanas já não o ajudam mais a levar adiante os compromissos que exigem a sua presença, como viagens, reuniões e demais compromissos. A mentalidade é que o papa nunca renuncie, mas pode renunciar. Na história da Igreja houve apenas um que renunciou de maneira espontânea, mas o Papa não se sente mais em condições físicas de poder levar adiante. Foi uma decisão muito bonita e humilde.”

Continuando a reflexão, Dom Alessandro pontuou que é importante dizer que tudo continua. Afinal, a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo, e isso nos mantêm sempre confiantes. O Papa está à frente, mas é o Espírito Santo quem a conduz. Por isso que a Igreja, apesar dos fracassos e das limitações humanas de padres, bispos e papas de todos os tempos, ainda continua. Se fosse uma instituição humana, já não existiria há muito tempo.  Jesus é o sinal da presença de Deus, que conduz a Igreja por mais que seja formada por seres humanos, pessoas limitadas.

Sobre a eleição do novo Papa, o bispo diocesano esclareceu: Cardeais de até 80 anos podem participar do conclave, sendo convocados a Roma. É chamado ‘conclave’ porque antigamente os cardeais ficavam fechados à chave até que a reunião acabasse. No conclave, reúnem-se para refletir e analisar a situação da Igreja e que tipo de Papa precisamos. Em suma, pensar, rezar e refletir, chegando a uma conclusão.

A imprensa sempre lança nomes, mas nunca se sabe quem será eleito. No Brasil, serão estes votantes: Dom Odilo Scherer, Dom João Aviz, Dom Geraldo Agnelo, Dom Eusébio Scheid, Dom Cláudio Hummes, Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB. Cerca de 120 cardeais participam do conclave. Mas, o eleito como Papa pode ser um bispo, um cristão. Todo batizado pode ser Papa.

Cada papa tem o seu jeito. As bases fundamentais não mudam, mas o jeito de cada um é diferente, podendo renovar a equipe que trabalhará com ele. A decisão de Bento XVI foi um sinal de humildade e sabedoria. Ele continuará cardeal, pois o papa é o bispo de Roma. O que será eleito bispo de Roma será, então, o Papa.

A atividades da Jornada Mundial da Juventude continuam confirmadas, pois é um evento que não depende exclusivamente do Papa, e deverá ser acompanhada por aquele que será eleito.   

Padre Rudinei Zorzo, coordenador do Setor Juventude da Diocese de Caxias do Sul e responsável pela Jornada Mundial da Juventude, também deixou uma reflexão sobre a renúncia: “Dá para entender o amor que ele tem pela Igreja. Sabendo que não tinha mais condições, ele preferiu deixar o cargo para um mais jovem poder conduzir nesse momento difícil. Por um lado, tem essa dor, e por outro tem o amor”, disse o padre. É esse amor que vamos manter, em prol da nossa unidade.

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