quinta-feira, 4 de abril de 2013

22 - Por que dois esposos que se dão conta de ter se equivocado não podem se divorciar?

Quando nos equivocamos, coisa que ocorre muitas vezes na vida, é necessário se corrigir: no trabalho, na família, na sociedade. Entretanto, com o amor, as coisas são diferentes. Se duas pessoas se amam e decidem se casar, sua escolha não pode ter data de validade. Ninguém diz "te amo até 30 de junho" ou "te amo nas sextas-feiras à tarde". O amor se alimenta de uma fidelidade que se requer permanência acima das provações.

É impossível falar do amor entre esposos sem assumir sua continuidade em meio as dificuldades, "na prosperidade e na adversidade, na saúde e na doença". A entrega conjugal é incondicional. Esta entrega não pode ser questionada quando se encontra as provações, e sim é a possibilidade de manifestar sua verdade. Quando chegam os problemas temos que pensar: não nos equivocamos quando amamos, nem quando escolhemos nos entregar, mas sim temos que seguir amando de um modo que responda a esses acontecimentos concretos da vida, que vem a nós sem os ter escolhido.

As dificuldades da convivência, em especial quando se sofre a infidelidade do outro conjugue, são motivo de grande sofrimentos que tornam difícil ou inclusive impossível continuar vivendo juntos. É aqui que o cristão sabe que experimenta uma fidelidade maior que a si mesmo: é a fidelidade de Cristo à Igreja. Cristo é fiel mesmo que o homem é infiel. Por isso o cristão, ainda que abandonado injustamente, encontra sentido em sua fidelidade plena no compromisso adquirido, que excluí qualquer tipo de união posterior enquanto o outro conjugue está vivo. A graça do sacramento permitirá descobrir este sentido e converte-lo em fonte de vida e de perdão. Um amor que perdoa é um amor que permanece e descobre a fonte do amor eterno de Deus (I Cor, 13,8)


Fonte: 30 perguntas e respostas de João Paulo II

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