sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

3. O amor é sempre igual, sempre verdadeiro, ou também há amores falsos?


O amor contém uma promessa de felicidade: para vivê-lo é preciso aceitar com confiança a promessa que nos faz. Quem confia somente nas próprias seguranças porque não quer cometer erros, esse não acredita no amor, jamais poderá amar. O amor é algo que não nos pertence, que não depende de nós. É necessário confiar-se ao amor, abrir-se a ele, desejar-se conduzir por ele. Não importa se tivemos más experiências. O amor não é sentimento fraco e fugaz que alguns nos descrevem. O amor é a força que mais nos acompanha desde o início de nossa vida; que existe antes que viemos ao mundo, no abraço de nossos pais; que sustentou nossos primeiros passos. E então dizemos: Sim, é possível crer no amor, porque ele veio a mim primeiro. Dê crédito ao amor: o amor já te deu crédito a ti.
Deste modo, a abertura ao amor não é um salto no vazio. Todo amor tem sempre uma meta. Se não a tem, então gira em circulo e se perde em instantes fugazes, incapaz de levar a caminho que conduza a um horizonte distante. Quando não tem uma meta, o amor deixa de ser amor.
Qual é a nossa rota e nossa bússola para acreditar no amor? Como diferenciar o amor verdadeiro do falso? Pergunte se seu amor tem uma meta ou se da voltas em circulo. Pergunte se teu amor constrói algo ou se é um amor-bolha, em que os apaixonados se limitam a olhar a beleza um do outro... Pergunte se seu amor te faz crescer e amadurecer... se te promete e abre um caminho.
“Temos conhecido o amor que Deus nos tem e temos acreditado nele” (I João 4,16), diz a Bíblia. Conhecer Jesus e ter fé Nele é crer em seu amor, porque Seu amor já te encontrou. É experimentar sua força e saber que, com este amor, pode-se chegar ao final.
João Paulo II

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