terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Glórias



Quanto vale minha paz? Quanto vale minha vida? Alguns drinks? Quem sabe noitadas e um pouco de sexo? Prazeres trazem felicidade? Alegrias prostituídas, conseguidas superficialmente de um ganho inválido.

Dias e dias se passam, o facebook fica repleto de fotos, rostos maravilhados, maquiados e sorridentes. Você acreditaria se eu dissesse que tudo isso é pirâmide de cartas que se desmantela com um sopro? Amizades sem ousadia para falar, ouvir e respeitar. Famílias fragmentadas por cômodos, vidas robóticas atrás de um computador, sistemas comandando e pessoas obedecendo. Assim estamos.

Nesse vendaval de informações como ser feliz? Como acreditar que o futuro é promissor? Precisamos de gente com coragem, sem roupas pretas, pircings, alargadores, cabelos verdes ou tatuagens. Se for uma ação livre e espontânea, ok, sem problemas, desde que isto não seja uma revolta interna contra o mundo. Não é esse tipo de protesto que inaugura a felicidade.

Precisamos de pessoas que amem além da pequenez, que olhem mais para a grandeza do mundo e menos para o próprio umbigo. Precisamos de pessoas que se vistam de palhaços e estejam dispostas a abraçar quem encontrarem pela frente. Que coletem alimentos perdoem seus inimigos externos, internos e lutem pela vida. Precisamos de mais fotos autênticas em nossos porta retratos. Menos álcool e talvez algumas lágrimas honestas que se movam para frente, e que não lamentem o passado, precisamos de mais idas ao cinema, tardes em sítios, roupas bonitas. Mais risadas espalhafatosas que contagiem e mais amigos puramente loucos, que façam você se sentir ótimo mesmo tudo estando no lugar errado.

Eis um protesto digno de fé! Algo que vai contra qualquer forma individualista e desumana. Eis uma maneira irracional de salvar vidas sem grandes projetos. O que te falta para começar? Tenha confiança, levanta-te, anda, carrega-te, cansa-te e VIVA: com letras maiúsculas!

By: Jéssica Cassol

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