sábado, 9 de março de 2013

18- Não é excessivo um amor para sempre?

Parece impossível que duas pessoas que não são eternas prometam um amor eterno. E, sem dúvida, não há um namorado que, quando se declara a sua namorada, não diga que seu amor é para sempre. O sentimento pode mudar, a atração física diminuir, mas o amor, recordemos, chega mais fundo que as atrações e sentimentos. É como a corrente profunda que empurra a água da corrente ao mar, é o último destino da pessoa. Só quando miram a esse destino, os namorados sentem vibrar a promessa de algo maior, e se torna possível amar para sempre. É que nesse destino, que está inscrito na pessoa, se percebe algo eterno.

Para amar para sempre devemos então reconhecer o que há de eterno na outra pessoa: seu nome, sua história, seu futuro. Sem a ajuda de Deus e de seu amor, que se manifesta também mediante a relação com a família, com os amigos e com a mesma Igreja, é impossível ter fé nesta promessa de eternidade.

Alguém perguntará: não deixamos de ser livres quando dizemos para sempre? Não é melhor viver sem compromissos? Porém, ocorre ao contrário. Para dizer “para sempre” é necessário ter o futuro nas mãos. Quem não pode prometer, esse vive somente no presente estreito, não tem espaço para se mover, o futuro não é seu... Não é livre. Não pode se projetar no amanhã e nem sonhar em dar frutos. Só tem um caminho quem não muda de horizonte.

A promessa de eternidade que vive o amor requer ser mantida passo a passo. O “para sempre” que se leva dentro de si se joga no “dia a dia”, construído com paciência e perdão.


fonte: 30 perguntas e respostas de João Paulo II

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