quinta-feira, 21 de março de 2013

20- O casamento não impõe muitas normas e responsabilidades, todas de uma vez?

Para amar, é necessário abandonar o individualismo. Se isso não ocorre, então o matrimônio é apenas uma convivência satisfatória, que o importante sobre tudo são os desejos subjetivos daqueles que convivem: meus gostos, minhas ideias de vida, meus projetos. Então, quando chega uma desilusão, a frustração perante uma dificuldade, se descobre que o vínculo é frágil.

Mas o matrimônio é muito mais que duas pessoas que se unem para conseguir cada uma sua própria felicidade. O matrimônio é uma comunhão de duas pessoas. Sua grandeza é que cada um viva "para o outro", e por isso pode realizar um plano que supera os desejos dos apaixonados. É algo maior, um "nós" comum, uma história juntos: ambos dizem sim ao bem da comunhão entre eles.

A medida da união já não são os desejos subjetivos de cada um. O que os une é a grandeza de uma promessa que realizaram a outra pessoa e lhes supera aos dois: percebem que seu amor é uma promessa que Deus fez a eles. Por isso, o conteúdo do casamento não é o capricho dos esposos, e sim obedece a um plano de Deus que aceitam no dia da cerimônia. Na hora, não apenas prometem o amor que sentem: dizem "sim, aceito", ao que Deus lhes promete, com toda sua grandeza e exigências. Por isso, a comunhão de pessoas nunca se acaba em uma simples situação de estar juntos e sim requer uma promessa de uma "íntima comunidade de vida e amor".


João Paulo II, 30 perguntas e respostas

Nenhum comentário:

Postar um comentário