sábado, 17 de agosto de 2013

26. Por que devemos estar abertos a procriação?

A procriação é um dos significados próprios do amor conjugal que não pode ser negado, pois, dois esposos, em cada ato, se comunicam totalmente, tal como são, incluindo também o dom da fecundidade. Quando não quero dar isso a meu conjugue não estão me entregando inteiramente.

“ A possibilidade de procriar uma nova vida humana está incluída na doação integral dos esposos. (...) Desta forma, não se assemelha somente ao amor de Deus, mas também participa dele, que quer se comunicar chamando pessoas humanas à vida. Excluir essa dimensão comunicativa mediante uma ação que trata de impedir a procriação significa negar a verdade intima do amor esponsal, com o qual se comunica o dom divino” Bento XVI.

Esse significado procriativo se fundamenta na linguagem do corpo e não é uma mera intenção dos conjugues, e sim a expressão de seu amor, que se manifesta mediante o ato conjugal. Por isso um ato sexual entre os esposos que intencionalmente o privam do significado procriativo não pode se considerar conjugal, e é por tanto imoral. Do mesmo modo que tampouco é verdadeiro um ato conjugal um que se impõe a uma outra pessoa sem a sua vontade, pois se suprime outro significado do ato: a união de amor entre os esposos.

A realidade do corpo impede a redução da fecundidade a uma mera intenção genérica na existência. Esta se faz presente em toda a doação corpórea. Por isso, não basta estar abertos a vida em geral, e logo realizar atos anticonceptivos, igual que não basta ter uma atitude geral de apreço pela verdade, se logo em ocasiões dizemos uma mentira.

Essa dimensão da fecundidade não se manifesta somente na procriação, mas também na educação dos filhos. A pessoa humana não se produz, em sim se gera, e a educação é a expressão continuada da geração humana. A paternidade responsável significa custodiar e educar aos filhos até que alcancem o próprio amadurecimento suficiente para encontrar sua própria vocação ao amor.

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